Pesquisas e Relatos

Viagem de carro para Mendoza, Argentina (Joinville/SC X Mendoza/ARG)

Neste post irei apresentar os gastos com gasolina e pedágio, além da quilometragem total até Mendoza, na Argentina. Realizamos a viagem no mês de DEZEMBRO  de 2019.

INTRODUÇÃO

 

O motivo da nossa viagem para Mendoza era conhecer o Cerro Plata, em Vallecitos, que está distante cerca de 95 km da cidade de Mendoza.

 

Fomos com um carro modelo New Fiesta (Ano 2015) que faz em média 15,3 km/L. 

 

Antes de partir fiz uma revisão, troca de óleo e deixei o carro zerado para a viagem.

 

Contratei o SEGURO CARTA VERDE de 11 a 15 dias no valor de R$ 173,9. Fiz a compra pelo seguinte site: https://www.lexseguros.com.br/carta-verde.html.

 

Alguns sites falam sobre algumas das obrigatoriedades que você precisa para trafegar de carro na Argentina. O que precisa: Seguro Carta Verde, 2 triângulos e 1 extintor de incêndio. E foi o que levamos. Fomos parados em diversas blitz, mas em nenhuma os policiais pediram para olhar esses itens. Apenas a carta verde foi solicitada na fronteira e em outra parada policial. É obrigatório usar luz baixa do carro para trafegar nas rodovias argentinas.

 

 

Caminho percorrido de carro de Joinville até Mendoza. Elaborado por: Yara de Mello, 2019.

DICAS

Antes de falar dos gastos em si vou dar umas dicas:

  • Tem alguns trechos da rodovia que os postos são bem distantes um do outro, por isso, de forma conservadora, quando chegava na metade do tanque abastecíamos no próximo posto que passasse;
  • Nós fomos pela BR-101, descemos até Porto Alegre (quanto mais para o Sul mais cara a gasolina, e quanto mais para o interior da BR-290 mais cara a gasolina também, por isso, já encha o tanque pela região metropolitana de Porto Alegre);
  • Tem vários trechos que a rodovia é ruim, emburacada, mas dá para encarar. Tanto no Brasil quanto na Argentina;
  • No retorno, ainda na Argentina, o GPS mandou a gente por um desvio diferente, de San Luis, passando por Villa Mercedes e reencontrando a rota em Rio Cuarto (foi bem de boas, o asfalto é até melhor do que no trecho da ida);
  • Os postos de gasolina pela Argentina, em todos que paramos, tinha WIFI, por mais interior que fosse. A comida de modo geral é boa;
  • Levamos 1 L de óleo de precaução, aditivo do sistema de arrefecimento do motor, garrafa de 2 L de água e esponja para limpar o parabrisa. Tem muitos insetos que batem contra o parabrisa e morrem (pecado), o carro fica imundo, por isso, de tempos em tempos é bom dar uma limpada no parabrisa. Quando eu parava para abastecer pedia para os frentistas limparem, tanto na Argentina quanto no Brasil eles limparam de boas;
  • Você verá muitos animais de maior porte (mamíferos) mortos ao longo das rodovias, é bem triste. Importante tomar cuidado e não correr demais;
  • A gasolina na Argentina estava mais barata que no Brasil, e ela variou muito pouco na ARG, apenas 10 centavos. Enquanto no Brasil chegamos a ver gasolina por R$4,9 o litro – no RS no caminho para Uruguaiana; enquanto em Joinville saí abastecendo a R$4,24. O valor por litro mínimo que pagamos no Brasil foi 4,24 e máximo de R$4,75. Já na Argentina, o mínimo que pagamos foi R$3,80 (58,39 pesos argentinos) e o máximo R$3,90 (59,99 pesos argentinos);
  • Na fronteira não é permitido passar com alimentos perecíveis como frutas. Porém, eles não revistaram nosso carro com detalhe, nem na fronteira e nem em nenhuma barreira policial;
  • Não esqueça de levar o documento do carro, seu documento de motorista, RG ou passaporte;
  • Sugiro que você faça câmbio em Uruguaiana, ali o real vale mais. Fizemos a troca de dinheiro numa casa de câmbio bem próximo a fronteira no valor de 1 real = 15,38 pesos. Se você fizer com os cambistas de rua, que tem ali nas proximidades da fronteira, consegue um valor ainda maior, apesar de não ter a mesma segurança que uma casa oficial. Quando voltamos no dia 28 o real já estava valendo 18 pesos.

 

GASTOS

 

Gasto total com gasolina (ida e volta) = R$ 1.476,10

Gasto total com pedágios (ida e volta) = R$ 97,97

Estes valores se referem ao trajeto total de ida e volta, tanto no Brasil quanto na Argentina, com os valores de pesos argentinos já convertidos para o real.

 

Detalhe dos pedágios = 

IDA = 3 pedágios no Brasil (R$2,7 + R$2,7 + R$4,4)/ 7 pedágios na Argentina (65+65+80+80+80+80+70 pesos argentinos);

VOLTA = 7 pedágios na Argentina (80+145+80+80+80+20+65 pesos argentinos) e 4 pedágios no Brasil (R$4,4 +R$8,8 +R$2,7 + R$2,7).

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

Nós fomos em duas pessoas e tocamos direto, paramos duas vezes na madrugada em postos de gasolina para dar um cochilada, de tanto cansaço. Mas de modo geral, enquanto um dirigia o outro descansava. Paramos também para se alimentar, etc. Na ida foram aprox. 40 horas de viagem e na volta 33 horas.

 

Acho mais válido sair umas 5 da madrugada, rodar de carro o dia inteiro, dormir de noite, acordar cedo no outro dia, e rodar o restante. Se tornará mais proveitoso e saudável.

Para economizar rola dar carona pelo BLABLACAR, fizemos isso na ida, até Porto Alegre.

 

É cansativo, mas para quem gosta de andar de carro e tem tempo é mais válido do que passar horas mofando num aeroporto. Além do que você pode dormir pelo caminho, como comentei antes. Você terá muito mais autonomia, inclusive pra trazer diversas garrafas de vinho, já que lá é bem mais barato hehehe. Tierra del vino. Ahh e tem mais, o nascer e pôr do Sol da estrada é maraviLHOSOOO!

 

O pneu do carro furou apenas uma vez, na subida pra Vallecitos. Na borracharia (GOMERIA em espanhol) custou 400 pesos (26 reais) o conserto.

 

Ia esquecendo de falar, mas rodamos um total de 5.403 km.

 

 

Pôr do Sol nas estradas argentinas. Foto: Yara de Mello, 2019.

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