Neste post irei relatar como foi nossa aventura pelo Cordón del Plata em Mendoza, no mês de dezembro de 2019…

Introdução

 

Esse ano de pandemia do Covid-19 foram acontecendo várias coisas e consegui sentar para escrever e finalizar o relato dessa experiência apenas agora no mês de setembro. Por isso, a descrição será mais breve já que maiores detalhes se perderam com o tempo. 

Na Parte I desse relato já tem muita informação, então aqui será bem objetivo sobre os dias nas montanhas.

 

Dia 1 – Chegada em Mendoza, Refúgio Ski & Montaña e Cerro Andresito

 

No mesmo dia que chegamos em Mendoza (21/12/2019), fizemos as compras na cidade e já partimos de carro para Vallecitos. Chegando lá, fomos para o refúgio Ski & Montaña. O trajeto de subida de estrada de chão desde a vila até o refúgio é tranquilo, mesmo para um carro comum, não há necessidade de ser 4X4. 

Chegando lá fomos muito bem recebidos pelo casal que cuidava do Ski Montaña e nos alojamos em nosso quarto. Tem cozinha, dá para fazer comida a vontade, geladeira, chuveiro com água quente, enfim, mordomia para quem logo passaria alguns dias sem banho na montanha, com vento e frio.

O refúgio fica a uma altitude aproximada de 2.980 m, Mendoza a uma altitude de 800 m. No mesmo dia ainda subimos o Cerro Andresito (3.140 m) para dar uma aclimatada.

Depois analisando melhor a situação, acredito que deveríamos ter tido mais paciência e pernoitado no dia seguinte ainda no refúgio e durante o dia ter feito a ascensão de alguma montanha mais próxima para aclimatar melhor, e apenas no dia 3 ter seguido para Veguita Superior.

 

Refúgio Ski & Montaña, Cordón del Plata, Mendoza, Argentina. Foto: Yara de Mello, 2019.
Vista para os refúgios, Cerro Franke atrás das nuvens e camping Las Veguitas no platô logo abaixo, acima da corredeira. Foto tirada a partir do Cerro Andresito. Foto: Yara de Mello, 2019.
Cerro Andresito, Cordón del Plata, Mendoza, Argentina. Foto: Yara de Mello, 2019.

 

Dia 2 – Refúgio Ski & Montaña X Veguita Superior

 

Acordamos no dia seguinte, e sem pressa organizamos nossas mochilas, que ficaram beeeem pesadas, cerca de 25 kg cada. Para mim isso é significativo, não costumo carregar tanto peso, mas tem pessoas que carregam muito mais do que isso.

Por volta do meio dia partimos para Veguita Superior. A caminhada é relativamente tranquila, o aclive é de cerca de 600 m. Em uma hora chegamos ao camping Las Veguitas (3.208 m), que é um local muito bonito, diga-se de passagem, mas com um movimento maior de transeuntes. 

Por volta das 15 horas chegamos ao Veguita Superior. Tinha pouca gente acampada por lá, um local bem bonito também e com água próxima. Para quem gosta de calmaria, é um lugar mais adequado já que é mais afastado da rota tradicional que segue para o camping Piedra Grande (3.550 m). 

Nesse dia o Jeff sentiu um mal estar e dor na cabeça, eu fiquei de boas.

 

Acampamento Veguitas, Cordón del Plata, Mendoza, Argentina. Foto: Yara de Mello, 2019.
Acampamento Veguitas, Cordón del Plata, Mendoza, Argentina. Foto: Yara de Mello, 2019.
Rio brotando da terra, Cordón del Plata, Mendoza, Argentina. Foto: Yara de Mello, 2019.
Acampamento Veguita Superior, Cordón del Plata, Mendoza, Argentina. Foto: Yara de Mello, 2019.
Acampamento Veguita Superior, Cordón del Plata, Mendoza, Argentina. Foto: Yara de Mello, 2019.
Acampamento Veguita Superior, Cordón del Plata, Mendoza, Argentina. Foto: Yara de Mello, 2019.
Jeferson sentindo aquele mal estar por conta da altitude no acampamento Veguita Superior, Cordón del Plata, Mendoza, Argentina. Foto: Yara de Mello, 2019.

 

Dia 3 – Veguita Superior X Adolfo Calle X Veguita Superior

 

No processo de aclimatação optamos por fazer o cerro Adolfo Calle (4.269 m) neste terceiro dia. Saímos do camping por volta das 8:00 da manhã e chegamos ao Adolfo Calle as 11:10 min. 

A subida é bem íngreme, no estilo de montanha que não tem vegetação, mas muito pedregulho. O terreno não é nada estável e para quem não tá acostumado dá um medinho de escorregar e rolar montanha abaixo. Eu e o Jeff ficamos meio receosos, o bastão de caminhada ajudou bastante.

Subimos mais rápido do que deveríamos, tanto que chegando lá em cima eu não consegui aproveitar muito o visual, que é deslumbrante, porque estava meio zonza por causa do efeito da altitude. O Jeff ficou de boa nesse dia. Eu só fui melhorar depois das 18 horas quando resolvi tomar um neosaldina, e em questão de uma hora fiquei melhor. A sensação antes de tomar o remédio, era como se eu estivesse de ressaca depois de tomar um porre de bebida alcoólica. 

Na descida do Adolfo seguimos outra rota, pela direita de quem desce, em um terreno menos inclinado. Levamos 1h40min para chegar no camping.

Depois em conversa com o pessoal descobrimos que a rota que a gente desceu era a que a gente deveria ter subido, já que é menos íngreme, e a rota que subimos é por onde a galera costuma descer, porque é direta e mais rápida. Mas eu, honestamente, tenho medo rsrsrsr. 

 

Vista para a descida inclinada do Cerro Franke logo a frente, Cordón del Plata, Mendoza, Argentina. Foto: Yara de Mello, 2019.
Subida para o Cerro Adolfo Calle, Cordón del Plata, Mendoza, Argentina. Foto: Yara de Mello, 2019.
Retornando do Cerro Adolfo Calle, Cerro Colorado lá no fundo, Cordón del Plata, Mendoza, Argentina. Foto: Yara de Mello, 2019.
Cerro Adolfo Calle, Cordón del Plata, Mendoza, Argentina. Foto: Yara de Mello, 2019.

 

Dia 4 – Veguita Superior X Salto de Água

 

Saímos as 9 horas do camping do Veguita Superior e chegamos as 13h35min no camping do Salto de Água (4.280 m), ou seja, cerca de 4 horas e meia de caminhada. Esse trecho foi pesado, por conta das cargueiras. 

Na verdade a gente tinha o dia inteiro para caminhar, então poderíamos ter ido com mais tranquilidade para não exigir tanto do corpo. 

O Sol na cabeça pega bastante, e essa questão de ter que se hidratar o tempo inteiro para facilitar a aclimatação é um outro problema para quem não está acostumado, porque precisa carregar muito peso. 

Falando em hidratar o Jeff estava tomando cerca de 4 litros de líquido por dia, e eu estava naquele ritmo de 1 litro a cada 1000 metros (exemplo: 3 mil de altitude = 3 litros, etc.).  O Jeff bebia muito chá, e eu gostava de usar o isotônico em pó misturado com água.

É cansativo e a subidinha final para chegar no Salto é um trecho bem íngreme. Neste dia senti um pouco de dor de cabeça, mas foi menor do que no dia anterior. Acabamos tomando um chá de coca que ganhamos do casal de Ushuaia Miguel e Marisa, que estavam lá acampados, e nos deram várias dicas.

E uma fundamental, que compartilho aqui, é a questão de fazer tudo com calma, devagar, desde levantar, virar o rosto, fazer comida, caminhar para pegar água, tudo. E de fato, depois que começamos  a nos movimentar com mais calma a pressão na cabeça ficou menor.

 

Rampa final para chegar no camping Salto de Água, Cordón del Plata, Mendoza, Argentina. Foto: Yara de Mello, 2019.
Camping Salto de Água, Cordón del Plata, Mendoza, Argentina. Foto: Yara de Mello, 2019.
Camping Salto de Água, Cordón del Plata, Mendoza, Argentina. Foto: Yara de Mello, 2019.
Camping Salto de Água, Cordón del Plata, Mendoza, Argentina. Foto: Yara de Mello, 2019.

 

Dia 5 – Descanso

 

O quinto dia na montanha foi de descanso para o corpo, passamos o dia nos alimentando, admirando a paisagem, e conversando com o pessoal que estava por lá. AHH  e bebendo muitaaa água.

O acampamento do Salto de Água é bem movimentado. Tinha uma expedição de Mendoza com um grupo de alemães que neste dia tentaram subir o Cerro Rincón (5.318 m), mas que acabaram não atingindo o cume por conta do vento. 

Uma parte meio ruim neste camping é precisar ir ao banheiro, e como a gente bebe muita água, precisa fazer xixi o tempo inteiro. Lá não tem um lugar com privacidade, as pessoas acabam atravessando o rio e indo na baixada do morro, mas caso alguém resolva curtir o visual do camping mais acima, o Salto Superior, irá se deparar com você naquele momento de privacidade.

Por isso, da próxima vez, eu sem dúvidas irei levar o xixi fácil, na verdade eu até levei, mas acabei deixando no carro. Esse rio que você atravessa para fazer xixi, de manhã é tranquilo, porque a água esta mais congelada, mas com o degelo que vai ocorrendo durante o dia por conta do calor, o nível da água vai subindo, dificultando a travessia.

Detalhe que lá em cima não dá muita fome não, principalmente de comida sólida. Eu diria que sopa é um alimento que se eu tivesse levado mais teria comido mais, assim como aquelas besteirinhas que gostamos de comer por aqui e dá muita energia: chocolate. Uma coisa que tem que levar em consideração é que ter uma diarreia na montanha não é nada agradável, por dois motivos em especial: porque você irá se desidratar e isso vai dificultar bastante o processo de aclimatação; e também porque não tem um lugar legal para você ir ao “banheiro” toda hora (LEVE SHIT TUBE). Sem falar na fraqueza que dá. Por conta disso, é bom cuidar com a alimentação.

 

Cerro Adolfo Calle lá embaixo visto a partir do acampamento Salto de Água, Cordón del Plata, Mendoza, Argentina. Foto: Yara de Mello, 2019.
Acampamento Salto de Água visto desde o Salto Superior, Cordón del Plata, Mendoza, Argentina. Foto: Yara de Mello, 2019.
Acampamento Salto de Água, Cordón del Plata, Mendoza, Argentina. Foto: Yara de Mello, 2019.
Camping Salto de Água, Cordón del Plata, Mendoza, Argentina. Foto: Yara de Mello, 2019.
Falso cume do Cerro Plata, Cordón del Plata, Mendoza, Argentina. Foto: Yara de Mello, 2019.

 

Dia 6 – Salto de Água X Hoyada X Salto de Água

 

O casal de Ushuaia tentou ascender o Cerro Vallecitos (5.435 m) neste dia, mas o vento não permitiu. De fato, no colo da montanha quando vira à direita para o Vallecitos, dava de ver os redemoinhos de poeira por conta do vento. 

Para mim as noites de sono no Salto de Água foram péssimas. Parecia que me faltava ar o tempo inteiro, uma sensação meio claustrofóbica.  Nessa noite eu dormi no máximo 5 horas, e na noite anterior umas 3 horas apenas. Aí vão se somando os “problemas” que dificultaram a chegada ao cume.

Dor de cabeça não estava sentindo mais, o Jeff também estava razoável. Enfim, iniciamos a caminhada de ataque ao Hoyada (4.700 m) as 9h10min e chegamos lá as 10h50min. É um percurso relativamente rápido. Pegamos ventos bem fortes quando estava quase chegando lá, com registro de rajada de 69 km/h. Ficamos no Hoyada umas duas horas para aclimatar, não sentimos dor de cabeça.

A gente leu em vários lugares as pessoas falando que lá é uma panela de pressão, que as rajadas de vento são muito fortes, e que não é um bom local para acampar. Mas vendo o lugar, conversando com outras pessoas e analisando melhor os fatos, teria sido melhor ter acampado lá sim. E neste dia de ataque o ideal era que tivéssemos porteado alguns equipamentos para que no dia seguinte carregássemos menos peso. 

Por conta da altitude a tela da minha câmera fotográfica deu um problema e ficou com umas manchas pretas, que não saem mais. E o celular de uma brasileira deu problema também. 

Caminhamos neste dia em um ritmo mais lento seguindo os conselhos do casal de Ushuaia.

Este acampamento já é bem mais sossegado que o Salto de Água.

 

Cerro Rincón, Cordón del Plata, Mendoza, Argentina. Foto: Yara de Mello, 2019.
Acampamento La Hoyada, Cordón del Plata, Mendoza, Argentina. Foto: Yara de Mello, 2019.
Acampamento La Hoyada, Cordón del Plata, Mendoza, Argentina. Foto: Yara de Mello, 2019.
Acampamento La Hoyada, Cordón del Plata, Mendoza, Argentina. Foto: Yara de Mello, 2019.
Retorno do acampamento La Hoyada, Cerro Rincón ao fundo, Cordón del Plata, Mendoza, Argentina. Foto: Jeferson Serena, 2019.

 

Dia 7 – Salto de Água X Tentativa de Cume (Cerro Plata) X Refúgio Ski & Montaña

 

A ansiedade de atacar o cume era grande, por isso, conseguimos dormir sei lá, umas duas horas quem sabe, dividido em etapas. Começamos a organizar as coisas para subir por volta da meia noite. E uma hora já estávamos saindo do camping para atacar o cume. 

A mochila ficou pesada, crampon, bota dupla, água, alimento, chá, etc. Estava beeem frio na madrugada. Começamos a caminhada num ritmo bem lento e não estava rendendo muito não. Quando chegamos no Hoyada eu já estava meio cansada. 

A subida depois do Hoyada começa a ficar bem íngreme, e ali o Jeff começou a ter uns delírios, achava que tinha ratos passando no chão. Eu fui ficar pior depois disso. 

O grupo de alemães que estavam na equipe guiada tinham saído antes da gente, e haviam pernoitado no Hoyada. Dava para ver a luz das lanternas deles mais para cima, perto do colo que divide para o Vallecitos.

Na verdade eles estavam parados por muito tempo, e depois deu para ver que alguns estavam retornando.

Ainda estava escuro, mas o Sol estava prestes a nascer, e foi lindo. Pena que eu não estava no meu melhor para apreciar aquele momento, ainda assim deu para fazer umas fotos. 

Chegamos aos 5 mil, depois que divide para o Cerro Lomas Amarillas (5.095m). Eu não tinha mais energia alguma, havia levado um oxímetro e cheguei a medir 50, a dificuldade de respirar era grande e eu realmente tinha a sensação que o ar não estava entrando. 

Falei para o Jeff que eu não iria seguir, ainda tinha a consciência e energia para retornar, sabia que o caminho até o cume ainda era bem longo, além disso, os alemães estavam descendo e eu poderia retornar com eles. 

O Jeff optou por retornar também, não queria me deixar sozinha e também tinha a questão que ele tinha ficado ruim há pouco tempo, vai que passa mal lá pra cima e não tem alguém para ajudar. 

Um grupo de 3 caras passaram subindo com bastante energia, depois pelo menos dois deles retornaram porque passaram mal. Pelo que me recordo nenhum deles foi até o cume.

O grupo de alemães, ficamos sabendo, também retornaram porque acharam que o vento estava muito forte.

Chegando no camping as coisas ficaram um pouco melhores, apesar de que o Jeff  teve uma diarreia. Havia a possibilidade de ficarmos mais um tempo e fazer uma nova tentativa, mas a exaustão daquele momento falou mais alto e a saudades que o Jeff estava da namorada tava giGANTe rsrsrsrsrs.

Demos um time, organizamos as coisas e descemos direto para o Refúgio Ski Montaña. 

 

Nascer do Sol a 5000 m de altitude, no caminho para o Cerro Plata, Cordón del Plata, Mendoza, Argentina. Foto: Yara de Mello, 2019.

 

Considerações finais

 

Havia uma barraca abandonada lá no Salto de Água com equipamentos dentro. A cozinheira da equipe dos alemães que também é uma guia de montanha estava em contato direto com o pessoal lá de baixo. Achávamos que tinha gente perdida na montanha, mas no fim era um grupo de Israel eu acho, onde um membro da equipe teve edema cerebral e todos acabaram descendo às pressas.

Enquanto estávamos lá a barraca de um alemão voou do platô do Salto lá para baixo. A gente colocou uma pedra em cada canto da barraca por dentro, além de várias por fora, para evitar esse tipo de situação.

Lá no refúgio quando chegamos eles ficaram felizes, porque achavam que a gente era o grupo da barraca abandonada e estávamos perdidos na montanha hehehhe. 

Por lá encontramos uns argentinos que fizeram cume, na verdade um apenas do grupo fez, no mesmo dia que a gente tentou. Ele estava muito feliz, porque já havia tentado uma vez e não tinha conseguido chegar lá. Comentou que o vento estava bem forte mesmo e que lutou até o fim para não desistir. No dia que tentamos cume acredito que ele tenha sido a única pessoa a pisar no Cerro Plata.

O organismo de cada pessoa responde de uma forma. Quando eu tava indo no sentido camping Santo de Água encontrei um estadunidense que disse que foi super de boas fazer cume. Tinha argentinos ali de Mendoza, já acostumados com a altitude, que fizeram bate e volta lá de baixo até o cume do Cerro Plata. 

A experiência valeu muito, quando tava naquele perrengue tudo que eu queria era a minha casa, agora que estou em casa, eu queria tanto passar uns dez dias lá no Cordón del Plata desfrutando do desafio de subir aquelas montanhas gigantes dos Andes.

 

Agradecimentos

 

Gostaria de agradecer a companhia do Jeferson nesses dias de viagem de carro e de montanha. O apoio das amigas, amigos e familiares que torceram pela realização desse nosso sonho.

 

As dicas de como se comportar em altas altitudes do Miguel Snaider e da Marisa Luqueci, casal do Ushuaia que encontramos no camping Salto de Água.

 

A loja Jurapê pelo apoio com a compra de equipos, a Setti Alpinismo pelo apoio com a compra de liofoods, e o pai do Jeff que colaborou com parte da gasolina.

 

A mensagem que fica é: você passou um ano esperando por um momento que não chegou. Um ano se planejando, estudando, criando expectativas, sonhando acordada, sonhando dormindo. Esse é o primeiro pensamento, mas depois você se dá conta de que todos temos nossas limitações físicas e psicológicas, quem pratica atividades físicas sabe que um dia você está bem e no outro não. Não estamos habituados com as altas altitudes, optamos por não utilizar medicamentos, e foi justamente os efeitos da altitude que pegaram e nos impediram de fazer o cume naquele dia. Aprendemos muito, e haverá novas oportunidades. Então, na verdade, a mensagem que fica é: devagar, com calma, passo por passo, cabeça erguida, apreciando os momentos, paisagens e oportunidades.