O “Circuito W” é uma caminhada de aproximadamente 70 km no sul da Patagonia chilena, no Parque Nacional Torres del Paine. No mesmo parque é possível fazer o “Circuito O” que é mais extenso, são mais de 100 km, e também mais demorado, média de 8 dias. Eu gostaria de fazer o “Circuito O”, mas dessa vez não tive o tempo suficiente para alcançar esse objetivo. Então segue uma breve descrição sobre minha aventura no “Circuito W”…
Introdução
Saí do aeroporto de Florianópolis às 17h25min e cheguei em Buenos Aires às 18h35min (hora local). Fiquei esperando uma eternidade no aeroporto para pegar o avião para El Calafate (9 horas). A dica caso você fique muito tempo no Ezeiza é ir no segundo piso, tem um espaço que dá para deitar com seu isolante térmico ou em cima de uma “plataforma”.
Precisei dormir duas noites no Camping Central no Parque Nacional Torres del Paine, cheguei lá de “noitinha” só para dormir mesmo, no primeiro dia. Aí no segundo dia fiz um ataque até as Torres, retornei e dormi, e no dia seguinte segui para o camping Francês.
Lá fica claro umas 5 da manhã e escuro só depois das 22 horas.
Você encontra muita gente do mundo todo, o que é muito legal. No dia do natal, inclusive, estava caminhando e ganhei uma balinha de um japonês, que estava fazendo trilha com um gorro de natal e distribuindo balas rsrsrsrs.
Existem muitos guanacos vivendo no parque e no caminho para o parque. O que me deixou bem triste é ver que ao longo da rodovia, principalmente nas proximidades de El Calafate a quantidade de guanacos mortos porque tentaram pular as cercas é imensa, contei mais de 70 animais. Triste :/ Um problema que precisa de solução.
Dia 1 (22/12/2018) – Ataque à Base de las Torres (22 km)
Iniciei a caminhada a partir do Camping Central às 8h10min e cheguei na Base de las Torres às 11h40min, totalizando 3h30min de trilha. A trilha de um modo geral segue o vale do rio Ascencio, passando pela área de camping e alojamento do Chileno. O caminho até as Torres é muito bonito, mas quando você chega nelas é deslumbrante, o visual é lindo demais. O desnível é de aproximadamente 750 metros, a altitude máxima do trecho é de 900 metros, sendo esta a maior altitude atingida ao longo de todo o circuito.
Em alguns trechos da trilha o vento é bem forte. O percurso em si é fácil, a trilha é bem demarcada e bem estruturada, no sentido de não ter tanta erosão como as trilhas da região de Joinville. Lá em cima o tempo estava bonito, tive a oportunidade de conhecer o Roberto da Suiça e descemos juntos, levamos em torno de 3 horas, debaixo de chuva, sol e vento forte. Ainda na subida no camping Chileno consegui fazer câmbio (trocar real por peso chileno) com o Miguel (EUA) que está morando no Brasil, fiz um bom negócio, ele foi camarada, 1 real = 182 pesos chilenos.
Desde o primeiro dia de caminhada percebi que o tempo nessa região muda MUITO, e RÁPIDO. Um bom casaco corta vento e impermeável é um equipamento indispensável para fazer esse circuito. Fui com uma bota que não é impermeável e não tive problemas, porque apesar de pegar chuva ao longo do circuito, ela não é tão forte quanto as chuvas aqui do litoral de Santa Catarina e nem tão persistente, além disso, o vento é tão forte que logo seca tudo.
O CAMPING =
O camping Central é um local bem agradável de acampar, bem aberto com um ótimo visual do Monte Almirante Nieto (2645m), o chuveiro tem água quente (água constante), tem disponibilidade de WIFI (5 dólares a hora), mercadinho. Nessa redondeza você se assusta um pouco com tanta infraestrutura, estradas, hotel, vans, mas esse é o trecho mais movimentado do circuito, e o visual das Torres recompensa. Coloquei umas pedras na barraca para proteger, porque o vento fica levantando a capa de cima da barraca e entra muita poeira.
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Dia 2 (23/12/2018) – Camping Central X Camping Francês (17 km)
Iniciei a caminhada às 9h50min e cheguei no camping Francês às 15h55min. Minha mochila estava muito pesada (cargueira), pois levei barraca, comida, cadeirinha e mosquetões para fazer o Circuito Huemul em El Chaltén na sequência, etc. Acabei lesionando meu joelho esquerdo por causa de tanto peso, o que me rendeu 7 dias de dor, até tomar o anti-inflamatório correto (NAPROXENO). Minha burrice foi não ter deixado parte do peso na cidade, em algum hostel…
Ao longo do trecho de caminhada tem 3 subidas mais significativas, você vai avistando o Monte Almirante Nieto, os Cuernos del Paine… preste a atenção que num trecho tem uma cachoeira bem bonita nos Cuernos, além disso, a caminhada margeia o lago Nordernskjöld. É um percurso tranquilo, mas o mais longo com cargueira, o que o tornou cansativo. O desnível máximo está próximo dos 100 metros. Existem mirantes muito bonitos ao longo da caminhada. Na descida da segunda subida mais marcante peguei ventos muito fortes, chuvisco, e quando cheguei no camping Francês estava chovendo. Depois do acampamento Los Cuernos, próximo ao fim, ainda tem uma subidinha grande. No camping Francês conheci um casal de americanos do Colorado que estavam quase terminando o “Circuito O”, fazendo o sentido oposto ao meu. Dupla muito gente boa.
Esse acampamento foi mais frio que no Camping Central, está mais próximo dos glaciares. Nesse vale o tempo é mais instável que para a região do Camping Central.
O CAMPING =
O camping Francês fica em um local com vegetação fechada e de desnível acentuado, por isso, as barracas precisam ficar em plataformas. O mercadinho fica a cerca de 10 minutos do camping, ao lado do refúgio, é uma descida. Tem disponibilidade de WIFI (5 dólares a hora) e os banheiros são ótimos, com água quente e constante.
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Dia 3 (24/12/2018) – Camping Francês X Camping Italiano X Ataque ao Mirador Britânico (15 km)
Neste dia apesar de ser natal, parecia um dia qualquer, porque o foco era a caminhada, as fotos e a contemplação da natureza. Acordei bem cedo, às 6h, o dia estava lindo, a chuva do dia anterior tinha sumido. Essa é uma característica dessa região da Patagonia, o tempo muda muito e RÁPIDO. Organizei minhas coisas e parti às 7h30min para o camping Italiano, onde montei minha barraca bem rápido e às 8h30min já iniciei a caminhada para o Mirador Britânico. Levei 1 hora para chegar ao Mirador Francês e às 10h50min cheguei no Mirador Britânico.
Do Mirador Francês é possível avistar o lago Nordernskjöld, é um local bem bonito, e muita gente vai só até esse mirador. Consegui tirar muitas fotos pelo caminho, que por sinal é muito lindo. Eu adorei esse trecho de subida do vale do rio Francês, é maravilhoso. À esquerda na subida está o conjunto Paine Grande Hill, e à direita o Cuerno Principal, é lindo demais. Essa subida é a segunda maior do circuito, com um desnível aproximado de 600 metros.
Na descida senti muita dor no joelho. Nessa trilha conheci o Max, um francês muito gente boa que está numa trip de 5 meses, mais tarde o reencontrei em El Chaltén. E também a Isabela e o namorado (dois brasileiros) que também encontrei em Chaltén. Os dois miradores (Francês e Britânico) são impressionantes, e vale muito a pena ir até o Britânico, tem bem menos turistas e o visual das montanhas é demais.
Minha dica é ir até estes miradores e o Mirados Las Torres cedo, para chegar neles próximo ao meio dia ou antes, porque de tarde o tempo muda (esse foi o padrão nos dias que estive por lá), aumenta a nebulosidade, e a quantidade de pessoas. Esse foi o trecho de trilha que eu mais gostei ao longo do circuito.
O CAMPING =
No camping Italiano não tem pia para lavar louça, escovar os dentes, lavar as mãos NADA. Você pega água do rio para beber e para fazer isso tudo. Tem uma privada, mas não é um local muito limpo. Tem uma “casinha” onde você pode cozinhar protegida do vento, com mesa e bancos. Não tem disponibilidade de wifi. Mas o camping é um local bem legal, bem espaçoso e bonito. Também não tem mercado.
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Dia 4 (25/12/2018) Camping Italiano X Camping Paine Grande X Ataque ao Mirador Grey (14 km)
Saí às 8h do Camping Italiano e cheguei às 9h45min no Camping Paine Grande (fui a primeira pessoa a me registrar no camping neste dia). Tem uma subida que se destaca mais, de resto é tranquila a caminhada.
Saí às 11h em direção ao Mirador Grey, onde cheguei às 12h45min. Não consegui vaga no camping Grey, por isso voltei para o Paine Grande. O glaciar Grey é lindo demais, e ali do mirador o vento é congelante, forte e constante, vindo da direção do glaciar. Nessa trilha eu sofri muito de dor por conta do meu joelho, por isso, acabei não indo até o camping Grey. A volta do mirador Grey para o Paine Grande é mais bonita do que a ida. Na ida tem bastante subida e na volta é o inverso.
No retorno fiz um belo almoço no espaço destinado a isso, que é maravilhoso, e troquei muitas ideias com o Petr, da República Tcheca. Este trecho de trilha para o Grey foi onde vi a menor quantidade de pessoas ao longo do circuito. Parceria grande também com o casal de joinvilenses, Naiara e Caim.
O CAMPING =
É o camping mais estruturado, o mercado é mais barato que os outros, e tem mais opções. Porém a água do chuveiro, apesar de quente, não é constante, você precisa ficar apertando para sair. O espaço para fazer comida é enorme. Banho das 18 às 22 horas. Tem disponibilidade de wifi por 5 dólares a hora. O visual do camping é muito bonito e você está ao lado do lago Pehoé. Possibilidade de ver o Zorro Colorado. Venta bastante e lota, bom chegar cedo para conseguir um local bacana.
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Dicas importantes
1 – Levar um bom casaco corta vento e impermeável;
2 – Levar uma pomada bepantol, porque o vento é forte e a pele do rosto, principalmente na região do nariz, fica bem sensível;
3 – Se for de avião não pode levar o gás do fogareiro, isso você precisará comprar por lá. Comprei em Puerto Natales no próprio terminal rodoviário, mas tem um quiosque na frente que vende e também no centro da cidade;
4 – Levar 4 cordeletes para amarrar a barraca. Isso ajuda com o vento forte e no acampamento Francês você acampará em plataformas de madeira porque o terreno é inclinado. E se a sua barraca for uma Azteq Nepal, por exemplo, será imprescindível;
5 – Caso você tenha muitas roupas, peso desnecessário para o circuito, etc. procure um hostel ou local adequado em Puerto Natales, ou na cidade mais próxima de saída para o Parque e deixe essas coisas em um armário, para não ficar carregando peso desnecessário. Isso se você não for de carro;
6 – Leve um kit de remédios, e minha dica para inflamação na articulação é o NAPROXENO;
7 – Indo de Puerto Natales você passará pela migração argentina e chilena, e na chilena eles são mais rigorosos. Você não poderá, por exemplo, entrar com frutas;
8 – Não deixe para fazer o câmbio na Patagonia, mas caso seja sua única opção, não faça no terminal rodoviário, e sim no centro de Puerto Natales (se você passar por lá). Para troca de pesos chilenos;
9 – Caso você vá de El Calafate para Puerto Natales de ônibus e de Puerto Natales para Torres del Paine também, esteja com pressa, horários fechados, compre a passagem pela internet com antecedência, pois cheguei lá e estava lotado;
10 – Reserve com antecedência a diária nos campings ou refúgios ao longo do parque. Eu, no caso, reservei em 24/SET/2018;
11 – Quando for comprar passagem de bus de Puerto Natales para Torres del Paine compre apenas a ida, deixe a volta para comprar na volta. Porque existem 2 empresas de bus que operam com horários de saída diferentes. Eu comprei passagem pensando que o bus saía as 10 da manhã, mas era apenas as 13 horas, então tive que comprar outra passagem para sair as 10 horas. Isso caso você não queira ficar esperando e esteja com pressa;
12 – Comprei pela internet a entrada do parque pelo site da CONAF (http://www.parquetorresdelpaine.cl/es) onde também é possível verificar os campings disponíveis ao longo do parque e as empresas que operam cada camping. O camping Italiano é operado pela CONAF, por isso, gratuito. Mas precisa reservar com bastante antecedência;
Campings empresa FANTASTICO SUR = http://int.fantasticosur.com/auth/login
Campings empresa VERTICE =
http://www.verticepatagonia.cl/home;
13 – É possível carregar celular, bateria de câmera etc. nos campings, somente no Italiano a dificuldade é maior;
14 – Para o GPS compre pilhas DURACELL, porque elas realmente duram.
15 – O strogonoff de carne da marca liofoods (comida desidratada) é muito ruim, minha dica é não comprar. Já a carne com soja é muito boa. Bom levar um pouco de sal, porque o arroz e o feijão não tem muito;
16 – Manter a comida bem fechada e embalada dentro da barraca porque volta e meio algum bicho pode roubar, ou ainda furar a barraca, como os ratos podem fazer. Eu deixei as comidas abertas dentro de um saco estanque e pendurada na barraca por dentro.
Gastos
Tenha em mente que dentro do parque tudo é caro, abaixo vou citar o preço de alguns itens que eu comprei. Além dos valores de acampamento.
Câmbio REAL X PESO ARGENTINO no aeroporto EZEIZA (banco) em Buenos Aires 1 real = 9,25 pesos argentinos;
Câmbio REAL X PESO CHILENO no terminal rodoviário de Puerto Natales 1 real = 140 pesos chilenos;
Câmbio REAL X PESO CHILENO no centro de Puerto Natales numa casa de câmbio 1 real = 160 pesos chilenos;
TRANSPORTE =
- Passagem de ônibus CATARINENSE Joinville X Florianópolis = 68 reais;
- UBER rodoviária de floripa X aeroporto floripa = 30 reais;
- Passagem de avião ida e volta Florianópolis X El Calafate = 1987 reais
- Táxi do aeroporto de El Calafate para o Terminal Rodoviário de El Calafate = 300 pesos argentinos (Isso porque dividi com um americano, o preço fixo do táxi para o centro da cidade é de 750 pesos argentinos);
- Passagem de ônibus de El Calafate para Puerto Natales = 8000 pesos chilenos ida ou 15000 ida e volta;
- Traslado Portaria Laguna Amarga (Parque Nacional Torres del Paine) X Camping Central = 3000 pesos chilenos;
- Catamarã (barco) do camping Paine Grande X Portaria Pudeto (para pegar o bus de volta a Puerto Natales) = 20000 pesos chilenos.
- Gás fogareiro = 4000 pesos chilenos;
- Pão com queijo e presunto na rodoviária de Puerto Natales = 1200 pesos chilenos;
DENTRO DO PARQUE =
- Entrada do Parque = 21000 pesos chilenos;
- Pão de forma = 5000 pesos chilenos no Camping Francês e 3000 p. chil. no Paine Grande;
- Biscoito donuts = 4000 pesos chilenos no Camping Central e 2000 pesos no paine Grande;
- Cerveja long neck = 4000 pesos chilenos;
- Batata frita de pote = 4000 pesos chilenos;
- Achocolatado 1 litro = 2500 pesos chilenos;
- Internet WIFI = 5 dólares a hora pago no cartão de crédito;
- Vinho = 12000 pesos chilenos.
HOSPEDAGEM
- Hostel na frente da rodoviária de Puerto Natales = 15000 pesos chilenos;
- Camping Central (Parque Nacional Torres del Paine) diária = 20 dólares;
- Camping Francês (Parque Nacional Torres del Paine) diária = 31 dólares;
- Paine Grande (Parque Nacional Torres del Paine) diária = 10 dólares;
Logística
- Uber de casa até a rodoviária de Joinville;
- Ônibus de Joinville X Florianópolis;
- Avião de Florianópolis X Buenos Aires;
- Avião de Buenos Aires X El Calafate;
- Ônibus de El Calafate X Puerto Natales;
- Ônibus de Puerto Natales X Parque Nacional Torres del Paine (Portaria Laguna Amarga);
- Ônibus da Portaria Laguna Amarga até o Camping Central;
- Catamarã (barco) do camping Paine Grande até a Portaria Pudeto;
Observação: Você consegue pesquisar na net os horários, tempo de transporte, preços, e até comprar passagem de bus entre as cidades.
Considerações Finais
Apesar de ser um local muito frequentado, a beleza natural é demais. Vale muito a pena fazer este circuito. Não me arrependo de nada. Apenas de ter carregado tanto peso na mochila. Levei comida liofilizada para facilitar.
Esse circuito é acessível para diversos estilos de vida. Você pode fazer o mais hardcore que é acampando e cozinhando, ou o mais tranquilo, dormindo em refúgio e comendo no refúgio. Por isso, irá encontrar gente de todo tipo e preparo físico.
SUPER RECOMENDO FAZER ESTE CIRCUITO.
Leia também sobre minha aventura no Circuito Huemul em El Chaltén.
Se você curte saber o nome de montanhas da Patagônia dê uma olhada neste link.
Marciel
19/03/2019 — 22:39
Olá, qual tipo de vestiário feminino vc indica para levar pra fazer o circuito W ou o circuito O ??
Yara de Mello
21/03/2019 — 09:30
Bom dia Marciel
Isso vai depender do período que vc for para lá. A melhor época é entre novembro e março.
Considerando este período mais quente do ano por lá, é fundamental levar um bom anorak impermeável e corta vento. Pense em roupas leves, como legging ou calça própria para trekking.
Blusa de manga comprida para trekking, bons pares de meias. Ecohead para a caminhada, leve um bom par de luvas também. Sobre a bota o ideal é que seja impermeável, mas caso não tenha eu não tive problemas por não usar uma. Mas quase não peguei chuva. Levei shorts e blusas de manga curta, mas não usei. Bom levar pelo menos uma de manga curta. Não leve muita roupa, apenas o ideal pra não carregar muito peso. Não esqueça de uma pomada bepantol. E a noite é friozinho, levar roupas quentes. Usei para dormir uma segunda pele + fleece + jaqueta de pluma + luva + meias + calça fleece + gorro + saco de dormir de conforto 3 graus.
Abraços e boa aventura!
Mauro
06/07/2019 — 15:42
Show! Agradeço o relato e as dicas. Estou indo em janeiro de 2020.
Uma dúvida. Quanto a barraca, precisa ser de algum tipo específica ou uma mediana tipo Falcon, da Nautika é suficiente?
Abraços!
Yara de Mello
08/07/2019 — 09:46
Eu utilizei uma Azteq Nepal com cordeletes extra para amarrar bem a barraca e ela aguentou tranquilamente. Tem campings que o vento é bem forte, é importante você levar uns cordeletes e ter em mente que o vento é bem mais forte do que estamos acostumados aqui, de deitar a barraca nas rajadas mais fortes. Não conheço bem da sua barraca, mas dê uma lida em reviews sobre ela e se ela aguenta o vento forte, deve ficar no limite.
Fabio Rodrigues Correia
07/08/2019 — 00:00
Ótimo relato e dicas detalhadas importantes. Pode me dizer se havia alimento pendurado em árvores para evitar que os ratos roam a barraca? Observei suas fotos e estão maravilhosas. Levou que DSLR e que lente? Usou tripé? Valeu
Yara de Mello
08/08/2019 — 15:57
Olá Fabio,
Não vi ninguém pendurando alimentos nas árvores não. Procure não comer dentro da barraca e fechar bem os alimentos que deve ajudar. Eu fiz aquele esquema de colocar o alimento aberto em um saco estanque e pendurei dentro da própria barraca com um mosquetão.
Sobre as fotos, não levei uma profissional e nem tripé, utilizei uma Canon PowerShot Super Zoom.
Abs e boa aventura!
Lylian Comelli
07/09/2023 — 08:56
Bom dia! Estou pagando uma expedição para o circuito W em Torres del Paine em janeiro/24. Tive uma lesão recente de um joelho. Gostaria de entender melhor o que vou enfrentar em termos de terreno e desnível porque preciso decidir em breve se desisto ou não dessa aventura por conta dessa lesão que ocorreu possivelmente porque a musculatura das pernas não está suficientemente forte para trilhas pesadas que eu vinha fazendo.
Yara de Mello
07/10/2023 — 16:44
Desculpa Lylian só vi agora, espero que esteja melhor. Então, lá não se compara com as montanhas aqui da Serra do Mar, é menos íngreme, mais leve a caminhada como um todo. Vai depender se você vai levar muito peso, se for leve acho que é tranquilo. Abraços.